Alguém.
À noite, como sempre, escura, silenciosa e misteriosa exatamente igual ao choro daquela garota. Cada lagrima uma dor, um grito, uma ferida ainda aberta... Era assim todas as noites, chorava no silencio de seu quarto e rezada pra que ninguém ouvisse. A garota do sorriso não podia demonstrar um sentimento que não fosse alegria. Assim, os dias, semanas, meses, iam passando, sem ninguém saber, e o desejo por um abraço, uma palavra de consolo, qualquer coisa, só ia aumentando... Às vezes, no meio de tudo isso, pedia a Deus, ao universo, ao todo poderoso, alguém para passar essas horas, um anjo, ou apenas uma pessoa que tivesse um abraço bom, algum porto ao qual pudesse se ancorar e passar um tempo longe do mar agitado e das tempestades horríveis... Então,de tempo em tempo,se permitia delirar, imaginar ele ali, deitado, abraçando – a, mas durava pouco, e a realidade vinha com tudo mostrando que a cama era pequena para duas pessoas e não h...